Haja feriado
- Jason Prado, DP
- Aug 22, 2016
- 2 min read

Agora que saíram de cena os atletas e os Senadores ainda não começaram o seu espetáculo, que tal voltar a falar de trabalho?
Sei que não está fácil pra ninguém, mas aqui no Rio a coisa tá feia.
Não bastasse a desastrosa (e possivelmente criminosa) gestão dos últimos governantes, a pindaíba da Petrobras e a economia monotemática do petróleo mais barato que água, ainda temos o privilégio dos “feriados em penca”.
Isso numa cidade que só começa a trabalhar de verdade depois do Carnaval, e passa o mês de dezembro confraternizando e comprando presentes para amigos ocultos. Chega!
Talvez o pessoal de bares e hotéis tenha o que comemorar, junto com os Shopping Centres. A Rede Globo - e o biscoito de vento da mesma marca -, que faturaram na publicidade.
Talvez sejam acompanhados pelos serventuários da Justiça, que ficou em casa por conta da viúva e dos idiotas que precisam da sua tutela, e a maioria dos funcionários públicos federais que moram por aqui.
Mas o resto da cadeia produtiva, inclusive os funcionários estaduais que não estão recebendo em dia, já cansou desse tema.
Principalmente os que pagam impostos e salários, sem nenhum desconto ou benefício.
Como estamos diante de uma eleição municipal abafada pelos grandes eventos e a crise nacional, vai aqui a primeira sugestão cabível sobre candidatos a prefeito e vereador do Rio de Janeiro: escolham alguém que esteja comprometido com o trabalho, e não com a distribuição do que não lhes pertence. Ajudem a sepultar os populistas com o seu voto.
Não há mais espaço para governantes e legisladores que falem em feriado, se não for para acabar com a maioria deles e disciplinar os que sobrarem.
Embora a fama da preguiça seja dos baianos, o Rio de Janeiro é o campeão absoluto do feriado, do ponto facultativo (rsss) e do feriadão enforcado. Não precisa nem de um motivo real; basta o pretexto de eleger um prefeito correligionário, por exemplo. Ou de conquistar os adeptos do candomblé. Ou…
Sugestão para candidatos nessa campanha conturbada e sem dinheiro: falem e trabalho e renda.
É disso que o carioca está precisando nesse momento.




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