top of page

A festa da carne

  • Otacílio Barros, DP
  • Sep 13, 2016
  • 2 min read

O Carnaval termina em fevereiro ou em março, depende sempre do ano. Mas, para muitos desavisados, continua pelo ano inteiro. É a festa da carne, dos corpos, do desbunde, dos sentidos físicos, onde a grande maioria das pessoas esquece-se dos escrúpulos, do pudor, confundindo-se numa linha comum de alienação, mais sequiosas de sensações do que ansiosos pelas emoções superiores. É quando, como diz o mestre André Luiz o “ar fica irrespirável”. Verifiquei que nos livros “Nas fronteiras da loucura” e “Entre os dois mundos”, ambos de Manoel Philomeno Miranda e psicografados pelo médium Divaldo Pereira Franco, há trechos dedicados exclusivamente ao Carnaval. O Carnaval tem várias origens. Alguns dizem que ele vem das festas populares dos povos antigos, que se entregavam aos prazeres coletivos. Outros, que ele nasceu nas festas romanas chamadas “Saturnálias”, quando se imolava uma vítima humana, previamente escolhida. Há também quem diga que a origem são as “Bacanálias”, da Grécia, quando era homenageado o Deus Dionísio, Deus grego da vinha e do vinho. As “Saturnálias” ou “Saturnal” eram festas romanas em honra de Saturno, nas quais predominava a licenciosidade, a orgia. Já as “Bacanálias” ou “Bacanal” eram festas antigas em honra de Baco, Deus romano do vinho. O verbete Carnaval foi composto com a primeira sílaba das palavras “a carne nada vale”. Segundo alguns estudiosos do comportamento, há quem justifique o evento como uma necessidade de descarregarem-se as tensões e recalques. Mesmo assim, não há nada que justifique os excessos que são cometidos nesse período momesco, onde o povo se entrega à luxúria numa onda crescente de sensualidade, de erotismo e depravação. “... É certo que atrai os turistas, alguns para observar os estranhos comportamentos das massas, que têm em conta de subdesenvolvidas, de atrasadas, de primitivas, permanecendo em camarotes de luxo, como os antigos romanos contemplando as arenas festivas, nas quais os assassinatos legais misturavam-se às danças, às lutas de gladiadores e ao teatro fescenino...”, diz Manoel Philomeno de Miranda em “Entre os dois mundos”. Segundo Pedro Fagundes Azevedo, em seu livro “O espírita e o carnaval”, baseado em conclusões a que chegou um grupo de psicólogos que analisou o carnaval, em matéria publicada no Correio Brasiliense, “... De cada dez casais que caem juntos na folia, sete terminam a noite brigados (cenas de ciúme, intrigas etc.); que desses mesmos dez casais, posteriormente, três se transformam em adultério; que de cada dez pessoas (homens e mulheres) do carnaval, pelo menos sete se submetem a coisas que abominam no seu dia a dia, como o álcool e outras drogas...” A conclusão é de que “tudo isso decorre do êxtase atingido na grande festa, quando o símbolo da liberdade, da igualdade, mas também da orgia e da depravação, estimulado pelo álcool leva as pessoas a se comportarem fora de seus padrões normais...” Meus amigos, continuem brincando e pulando à vontade, como nesses chamados carnavais fora de época que ocorrem o ano inteiro no país, mas, sempre levando em conta o que foi descrito acima, que a “carne nada vale”!


Comments


bottom of page