Nossa Senhora Auxiliadora! Quantos Auxílios!
- Sérgio Bandeira de Mello, Gico
- Nov 14, 2016
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Alimentação, saúde, moradia, locomoção, educação, creche e combustível. Isso para quem não tem carro e motorista à disposição. O funcionário do volante talvez seja um companheiro para um baralho amigo para espairecer, para sua excelência esquecer a dura realidade.
Talvez joguem buraco no carro oficial. Ou o benefício teria sido cavado e embaralhado no mesmo buraco negro da locomoção, nada sueca, mais para rouba montinho do burro em pé, que pode esperar sentado na fila por um bom serviço público. Isso se tivesse cadeira disponível.
Ao contrário da eterna celeuma entre aqueles que não embarcam na história da arca de Noé, sem embargo podemos afirmar que o embargo nasceu antes do desembargador. Já se o ovo e a galinha estão contidos no auxílio alimentação ou no salário dos magistrados é outro cisma do criacionismo de vantagens legais. Legais para quem?
O pecado mora ao lado do auxílio moradia. Logo ali, pertinho da Praça 15, que é de novembro, mas não tem vizinho republicano. Não é o roto falando do esfarrapado, muito pelo contrário. Trata-se do embecado culpando o enfatiotado, com auxílio alfaiate para o paletó. É toga!
Não critico. Apenas não vejo razão para que não existam auxílios específicos para programas. Calma! Não me refiro a acompanhantes de fino trato, mas verbas orçamentárias para futebol, concerto, show, cinema, teatro, birita, joias e flores, estas nas rubricas coroas e buquês.
Configurado o debacle, não convém debochar da dor no bolso alheio. Em vez de protestar ou apelar contra a irrecorrível realidade, é hora de desembargar e desembarcar do bateau mouche fiscal que não navega em águas profundas, onde Cabral se perdeu, onde não dá pé ou Pezão.
Nossa Senhora Auxiliadora, rogai por nós! Auxilie na condução do Cabral a Curitiba!




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