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BBS - Big Brother Supremo

  • Sérgio Bandeira de Mello, Gico
  • Dec 16, 2016
  • 2 min read

Como ninguém aguenta mais o BBB tradicional, e dado que o processo de judicialização da política parece ser irreversível pelo andar da crise, sugiro a instauração do modelo Big Brother Supremo na volta do recesso.

Já dividido em duas turmas e com uma líder, a falta de anjos seria suprida por representantes da Esplanada dos Ministérios, do Planalto e das Casas do Legislativo, sempre candidatos ao compreensivo paredão do foro privilegiado.

Observado o ritmo de desavenças ocorridas debaixo do edredom jurídico, julgo legítimo o pleito para que a TV Justiça transmita as reiteradas brigas e apimentadas intrigas ambientadas na mais alta corte do país, instância sempre tentada a decidir por meio de um simples acórdão ou um trabalhado acordão.

Em tempo real, direto do pleno, quadrado transformado em octógono nos dias de revanches motivadas por ousadas liminares monocráticas ou lutas contra ações diretas de inconstitucionalidade, os ministros digladiar-se-iam entre mesóclises e Latim castiço como bravos gladiadores togados.

Para aumentar a audiência em plenário, não haveria a possibilidade do usualmente procrastinatório pedido de vistas de Suas Excelências, sobretudo quando a manifestação viesse a despeito da tendência do julgamento ou da própria consumação da decisão do colegiado pela contagem prévia dos votos.

Tal recurso seria substituído por parecer de juízes virtuais on line, fora das 4 linhas da acusação e da plena defesa, conforme experiência ora em curso no Mundial da FIFA, Federação Internacional de reputação ilibada que pauta pelo padrão de retidão em todo planeta.

Jean Wyllys, primeiro candidato ao paredão na Comissão de Ética da Câmara, fase eliminatória do BBS, veterano de várias disputas captadas pelas indiscretas câmeras da golpista Globo, deverá estrear à frente do novo modelo, em processo movido por uma cusparada não regimental.


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