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Brasil - Matrix do mundo real

  • Jason Prado, DP
  • Feb 3, 2017
  • 2 min read

Quanto mais envelheço, mais claro fica que o Brasil precisa fazer como a China: passar por uma grande revolução cultural, como pedágio para se tornar uma Nação.

Esses primeiros dias de 2017 mostram isso com absoluta clareza. Não houve um único dia em que o país não girasse em torno do mesmo assunto: a importância do Estado nas nossas vidas.

As delações da empreiteira que roubou o Estado; a queda da arrecadação do Estado; a falência de alguns Estados e Municípios; a morte do Ministro que julga os crimes de poderosos contra o Estado….

E quando se muda de assunto, pra falar de Cultura, por exemplo, o tema é: o fim dos incentivos fiscais do Estado; as verbas da União e dos Estados; a cantora que não devolveu o dinheiro do Estado…

As colunas sociais só tratam dos milionários que tem contratos com o Estado, dos que estão temporariamente ocupando postos nos Estado, ou dos que foram pegos roubando o Estado…

Quando se fala em educação, o cenário é o mesmo: as greves das universidades públicas; as verbas do MEC para isso e aquilo.

Embora haja um Brasil totalmente produtivo e eficiente às margens do Estado (afinal, somos uma das dez maiores economias do mundo), tudo aqui gravita em torno da coisa pública.

Nem os bancos brasileiros dispensam os favores do Estado. São eles quem ditam as regras, fornecem - de seus quadros - os gestores dos governos, e mantém os juros estratosféricos. Juros que custaram aos cofres públicos mais de 500 bilhões de reais no ano de 2016.

Donde concluo que no Brasil só temos três tipos de pessoas:

  • os que trabalham no Estado,

  • os que dependem do Estado e

  • os que sustentam o Estado

Nós criamos o regime da Monarquia Republicana, com príncipes e barões se revezando no direito de distribuir o butim (ops, quero dizer, impostos), e uma classe política fazendo “os diabos”, como dizia uma “ex-dirigenta", para se eleger. Não para regular as relações do povo através de leis mais justas, mas para conquistar e garantir os seus feudos, com seus quinhões de benesses e favores “do Estado”.

Feudos de verdade, com direito à hereditariedade, em milhares de clãs espalhados por aí.

Não será uma Lava Jato, nem uma reforma política gestada no Congresso, muito menos ações de Governo, ainda que paridas no Supremo, que vão mudar esse sistema. Afinal, o instinto de preservação é poderoso.

Temos a cultura dos parasitas, daqueles que não se importam em matar o hospedeiro, desde que estejam sempre bem-alimentados e no bem-bom.

Como no filme Matrix, somos meros fornecedores de plasma para um sistema equivocado e corrompido. Como no filme, precisamos destruir Matrix.

O caminho mais curto é desconectar a mangueirinha e cortar o sangue que alimenta os vampiros. Só a Desobediência Civil (parar de pagar impostos, por exemplo) pode gerar uma Revolução Cultural no Brasil. E depois que os parasitas forem extirpados, aí sim, rearrumar a casa e erguer as barreiras para que essa escória não cresça novamente, como a tiririca do campo.

É simples assim.


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