Lobão e os 3 porquinhos da oposição
- Sérgio Bandeira de Mello. Gico
- Feb 9, 2017
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Conhecido por sua invejável capacidade pulmonar, capaz de estocar grande quantidade de vento, característica que deve ter levado uma golpeada anta a escolhê-lo para assoprar esquemas nas Minas e Energia, Lobão retornou à cena em grande estilo.
De volta ao paraíso senatorial da carochinha, o agigantado canis lupus maranhensis deverá amedrontar os 3 porquinhos até segunda ordem da raposa alagoana. A primeira ordem, proveniente da espécie bigoduda, que se julgava em extinção, foi obedecida ontem.
Prático, o único porquinho habilitado ao minha casa minha vida de tijolo no meio rural, longe da esfera das Cidades, por meio de sua assessoria de imprensa, formada por dois irmãos, informou que não tem medo do Lobão mau na presidência da Comissão de Constituição e Justiça.
Com sólidos alicerces, e com muita gordura pra queimar na lareira, promete levar às últimas consequências o escândalo capaz de deixar a floresta em chamas. “Há de sair pela chaminé a fumaça do bom Direito”, destacou seu consultor jurídico.
Em flagrante desrespeito às regras da casa de alvenaria, que impedem o nepotismo na administração da obra, Cícero e Heitor, familiares diretos do adversário de Lobão na CCJ, que vivem não só na flauta, mas também de expedientes com outros instrumentos de pressão que levariam o predador às cordas, os suínos fizeram vibrar, por meio de notas agudas, as graves provocações. Por reiteradas vezes, às escâncaras, os porquinhos cantaram que medo não é uma palavra constante do dicionário do irmão prático, com P maiúsculo. Sem receio de dançar, a dupla insistiu que foi escolhida ao cargo pelos próprios méritos, e não pelo grau de parentesco, não mais que uma coincidência.
Entretanto, tão logo os ingênuos leitõezinhos recolheram-se às suas respectivas moradias funcionais, de palha e de madeira, não demoraram a ser procurados por um possesso Lobão. “Abre esta porta que eu quero entrar! Se não me obedece, vai tudo pro ar!” Lobão soprou reservadamente no ouvido de cada um que a hora era de união contra uma força maior, capaz de inundar a floresta com seus jatos de água, que haveriam de limpar não só os galinheiros das raposas, mas também chiqueiros e gamelas, impedindo-os de chafurdar na lama saudável propícia às espécies do planalto. Com Lobão nos seus calcanhares, logo os dois correram à casa de Prático em busca de socorro urgente.
Uma breve reunião familiar mostrou que Prático era prático, mas não era burro. Pragmático, convidou Lobão a entrar pela chaminé como Papai Noel, antecipando o Natal dos suínos em 10 meses, nada que a Leader magazine não estivesse acostumada a fazer. E todos foram felizes até o trânsito em julgado no STF. Ou seja, para sempre.




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