Nossa Bastilha
- Fernando Canedo
- Apr 15, 2017
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Em 14 de julho de 1789 a França deu início à sua Revolução com o povo invadindo uma fortaleza repleta de armas e um símbolo do absolutismo governamental: a Bastilha era a prisão para os nobres e intelectuais opositores da ordem estabelecida.
O aspecto mais importante da queda da Bastilha foi a população ter tomado as rédeas do curso da história, não se limitando a delegar poderes aos políticos.
Diante da dilapidação dos cofres públicos promovida pelos poderosos (os nobres e o clero), aos problemas econômicos decorrentes da participação francesa na guerra de independência dos Estados Unidos e da falta de representatividade, a situação tornou-se insustentável, lançando o povo contra o governo de modo dramático, tomando o controle do país à força.
Como consequência da Revolução tivemos o estabelecimento da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que preza, além de outros, o direito à liberdade, a igualdade perante à lei, a inviolabilidade da propriedade privada e a resistência a qualquer tipo de opressão.
Vergonhosamente, no Brasil de hoje, 228 anos depois, ainda temos um povo oprimido, sem direitos básicos como saúde, educação e segurança.
Diante da Lava Jato o povo está tendo acesso às informações. Sabe-se agora o que antes somente se supunha: os poderosos saqueiam nossos cofres em proveito próprio.
Em analogia, penso que já é hora da população invadir e tomar o Congresso, afastando para sempre todos aqueles que, de alguma forma, se envolveram em esquemas criminosos por força de seu mandato.
Não sou louco a ponto de propor o uso da guilhotina, como os franceses. Mas alguma punição muito severa deveria ser aplicada. Afinal, como resultado da roubalheira temos a falência do Estado, que não tem condições de garantir segurança nem saúde pública. O que vemos é um verdadeiro genocídio, sem falar na triste realidade de um povo sem estudo suficiente para guiar o seu próprio destino.
Já é hora de termos nosso Movimento Renascentista e fundarmos uma ordem que tenha como premissa máxima a Educação.
E que, com ela, o Brasil possa finalmente alcançar uma luz tão forte quanto aquela do Iluminismo Francês.




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