Casa grande e sem jaula
- Sérgio Bandeira de Mello, Gico
- Jul 22, 2017
- 2 min read

Mil perdões, caros leitores, mas ainda estou passado pelo bloqueio judicial de mais 9 milhões de reais no plano de aposentadoria de Lula, dinheiro carimbado em nome e sobrenome de Lula da Silva, isso no meio da discussão sobre a reforma da previdência.
Visionário, tão logo a Lava-jato começou a esquentar a chapa de seus mais diletos amigos, o multimilionário partiu para carreira solo, colocando-se como beneficiário da fortuna que amealhara com suas magníficas palestras. Quem viu o Cirque du Soleil nos áureos tempos do marketing, nos primórdios dessa companhia inovadora, sem jaulas, pode imaginar a curiosidade que a jararaca falante despertava ao descer do jatinho da Odebrecht.
Entretanto, apesar do reiterado apelo de multidões de interessados, entre defensores, procuradores e delegados, quem não viu, perdeu, não verá mais. Não é uma lenda ou um simples pretexto para lavar propina, como insinuam os coxinhas fascistas, que não veem que eleição sem Lula é fraude.
Sim, pois se Bill Clinton cobrava 200 mil dólares por uma apresentação aberta ao público, só por ter sido alvo de um blowjob de uma estagiária no salão oval da Casa Branca, quanto valia a de Lula, espetáculo privê, olho no olho, com taxa de retorno garantida. Chupa, Bill Clinton, ao tempo que a companheira Monica é vingada.
Por outro lado do sistema, a exemplo dos Beatles ao vivo, jamais qualquer plateia poderá acompanhar de perto o mago do PowerPoint, aquele que de simples usuário chegou ao centro da mais famosa tela do aplicativo. Nunca antes na história deste programa do Windows, um homem ficou tão associado ao produto virtual. Chupa, Bill Gates.
Suas turnês pelo Caribe, América Central e África, onde encantava as audiências com promessas de obras de seus agentes de viagens, todas com financiamentos camaradas do BNDES, banco subordinado aos controlados Dilma e Mantega, ficarão na memória de cada nação bolivariana e de cada ditadura sanguinária, particular ou do proletariado.
“Eu queria dizer, senhores da casa grande, permitam que alguém da senzala faça o que vocês não tem competência para fazer neste pais”.Com estas palavras, sem temer a fraudulenta ficha suja, o escravo do povo brasileiro pediu passagem para o terceiro mandato. Será que as frescuras próprias do PSOL, partido aliado que foi alvo de duras críticas do multiprevidente, não permitem ver que o cara é fera nas finanças, e que todos podem ser abastados rentistas de esquerda? Se Lula escreveu a famosa carta ao povo brasileiro, anunciando a sua versão paz e amor, por que não pode escrever um mísero bilhete aos aposentados no INSS, contando o caminho das pedras para complementar o pecúlio dos inativos. Façam palestras no exterior, companheiros! O pulo do gato pode se revelar o fiel da balança em 2018. Inegavelmente, o retirante da senzala para a casa grande tem a fórmula.




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