Lua, sol e chuva

O ano começou conforme terminou o anterior. Muitas perguntas e poucas respostas. Aqui no Rio, a lua do ano novo foi um alívio para todos, turistas e locais. Chuva iria atrapalhar demais as festas e comemorações programadas. E dia 2 teve super lua, o astro noturno pertinho da Terra. Será prenúncio de um super ano? Precisamos demais de superar tanta coisa: a descrença, a mediocridade, ausência de justiça, de saúde pública, de segurança pública, de líderes, de projetos que atendam a população realmente necessitada, de candidatos que nos atendam... Votar com consciência seria uma das formas de atender as demandas, mas com a manipulação dos partidos e conchavos de políticos, acordos para governabilidade e tanta improbidade, a esperança se esvai e a chuva cai, com força. Para limpar tanta sujeira? Lavar a alma? Refrescar corações e mentes? Antes fosse! Desesperar, jamais, diz a música. Vamos cantá-la, repeti-la ad nauseam, respirar fundo, fazer contato, romper o egoísmo e o isolamento, aceitar as diferenças, praticar a democracia individualmente, numa efetiva aceitação das diferenças, o que não é fácil. O inferno são os outros, não é assim? Espíritos desarmados e despoluídos de preconceitos e verdades absolutas são uma possibilidade de caminho. Cuide do seu lixo, a faxina começa aqui, agora, conosco mesmo, não esperemos que caiam do céu soluções e avanços no país sem cuidarmos do nosso quintal, nossa rua, nossa cidade, nossas relações. No primeiro dia do ano o sol nasceu para todos, a lua brilhou para a festa da passagem, todos comemoramos a ajuda da natureza. Façamos nossa parte, somos natureza, faça a fineza!